Cientistas da NASA descobriram os dois primeiros planetas do tamanho da Terra que orbitam uma estrela semelhante ao Sol fora do nosso sistema solar.
Os planetas, detetados no âmbito da missão Kepler e batizados Kepler-20e e Kepler-20f, encontram-se muito próximos da sua estrela, o que os torna inabitáveis, mas são os mais pequenos alguma vez detetados em redor de um "sol".
O anúncio foi feito pela própria NASA, que afirma, no seu site oficial, que esta descoberta marca um grande passo na pesquisa por planetas idênticos ao nosso. Os dois corpos celestes recém-descobertos estão a cerca de 1.000 anos-luz da Terra e integram um sistema planetário denominado Kepler-20.
Os especialistas acreditam que os planetas em questão são rochosos e têm temperaturas elevadíssimas, entre os 800 e os 1.400 graus Fahrenheit à superfície, o suficiente para derreter vidro, em consequência de períodos de órbita muito curtos.
No caso do Kepler-20e este período não chega a uma semana, ao passo que o Kepler-20f demora cerca de 20 dias a completar a órbita. Por conseguinte, ambos são extremamente quentes e nenhum terá água, motivo pelo qual não apresentam condições para a existência de vida.
Segundo a NASA, foi ainda revelado mais um pormenor peculiar. Trata-se do facto de o sistema planetário Kepler-20, que inclui três outros planetas maiores que a Terra mas menores que Neptuno, ter uma ordem surpreendente. Ao contrário do que acontece no nosso sistema solar, onde os pequenos planetas rochosos se encontram próximos do Sol e os grandes e gasosos orbitam a grandes distâncias, os planetas do Kepler-20 alternam entre grandes e pequenos.
"Os dados da missão Kepler mostram-nos que alguns sistemas planetários têm organizações muito diferentes da que encontramos no nosso", frisou Jack Lissauer, cientista planetário e membro da equipa envolvida na descoberta, citado pela NASA.
"A análise destes dados continua a revelar novos pontos de vista sobre a diversidade de planetas e sistemas planetários que existe na nossa galáxia", acrescentou.
No início deste mês, a equipa tinha já anunciado a descoberta de um outro planeta, o Kepler-22b, que se acredita integrar a "zona habitável" do sistema planetário, por se encontrar mais distante da estrela, o que abre a possibilidade de ter uma composição não rochosa e, consequentemente, mais favorável à existência de água.
Fonte: http://www.boasnoticias.pt/
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