“Isto, então é o paradoxo: toda a nossa lógica, todo nosso anti-isocentrismo, nos assegura que nós não somos únicos – que eles devem estar lá. E ainda não os vimos!” – David Viewing
O físico Enrico Fermi perguntou uma vez: “Se há extraterrestres, onde eles estão?" “Se eles existissem", disse, "eles estariam aqui." Esta foi uma pergunta casual durante um almoço, e eu suspeito que se ele tivesse pensado mais um pouco nisto ele poderia ter especulado ainda mais, “ou eles já estiveram aqui e depois partiram?” Nós nunca saberemos, mas sua pergunta, que ficou conhecida como o “Paradoxo de Fermi” ou “Argumento de Viagem no Espaço”, ensejou muita discussão na comunidade SETI.
Os proponentes da “colonização espacial” discutem que o uso de propulsão nuclear a, digamos, 1/10 da velocidade de luz poderia ser realizada facilmente, e que se apenas uma civilização avançada existisse na galáxia poderia colonizar a galáxia entre 1 a10 milhões de anos. Eles concluem então que se “nós não os vemos aqui; então eles não existem.” Aparentemente, o argumento assumiu que os alienígenas ocupariam fisicamente todos os planetas habitáveis em lugar de apenas desenvolvê-los. Eu penso que foi onde eles se enganaram.
O paradoxo guiou alguns cientistas - Freeman Dyson, Michael Hart, David Viewing e Frank Tipler entre outros – a especular que qualquer civilização mais antiga e tecnologicamente avançada teria colonizado a galáxia até agora, e desde que eles não estão aqui, eles não existem; então, como um deles disse, “SETI é uma perda de tempo e dinheiro.”
Outros se opuseram.
Kuiper e Morris (1977) declararam, “A procura pela inteligência extraterrestre deveria começar assumindo que a galáxia está sendo colonizada.” O papel era a mais selvagem especulação, mas as posições e títulos dos autores, e algumas equações, eram aparentemente suficiente para inseri-los no periódico Science.
Mas há outra razão pela qual deveríamos assumir que está sendo colonizada." Em uma recente declaração, o astrônomo Dr. Charles Lineweaver (Lineweaver, 2001), analisando o difícil negócio da formação do planeta terrestre, argumenta que "... isto nos dá uma distribuição de eras para a vida nestes planetas e uma pista rara sobre como nos assemelhamos a outra vida que habitaria o Universo." Da distribuição de eras conclui ele então, "a maioria das formas de vida no universo teve dois bilhões de anos a mais para evoluir do que nós tivemos." Aparentemente nós somos a criança recém chegada ao berço.
Como usado aqui, "colonização" é provavelmente um termo incorreto, desde que em nosso caso a meta dos antigos astronautas parece ser a extensão de sua biologia, conhecimento, leis e tecnologia, através do exemplo ou da manipulação biológica do animal mais promissor que eles encontraram aqui; um tipo de migração galáctica de inteligência, de sobrevivência e cultura, além dos seres físicos. Parece que, quando nós atingimos um certo nível tecnológico, eles partiram do mundo.
Minha idéia aqui é que o argumento "paradoxo de Fermi” é forte mas a conclusão está incorreta. É, na realidade, uma declaração poderosa em defesa da hipótese AA – o de que a Terra, provavelmente junto com a maioria dos corpos habitáveis na galáxia, realmente foi visitada alguma vez por antigos astronautas. Curiosamente, que eu saiba, nenhum dos autores da AA apreciou a lógica constrangedora deste argumento e a confirmação que dá à teoria AA.
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